Secretaria de Saúde confirma primeiro caso de murcomicose associado à Covid-19 no Pará

Paciente é um idoso, que não teve a idade revelada, morador do município de Santana do Araguaia, sudeste do estado. Ele está em São Paulo, onde recebe tratamento médico. Fungo é onipresente, mas só causa problemas para pessoas com imunidade muito baixa. — Foto: Getty Images via BBC

A Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) confirmou nesta quinta-feira (10) o primeiro caso de murcomicose associada à Covid-19 no estado. O quadro foi diagnosticado em um paciente idoso, com a idade não revelada, que vive no município de Santana do Araguaia, no sudeste do estado.

Segundo a secretaria, este é o quarto caso de murcomicose relacionada à Covid-19 registrado no Brasil. Outros 15 casos da infecção foram detectados, mas em pacientes que não estavam com a doença.

Além do Pará, casos do fungo relacionados ao novo coronavírus foram registrados em Fortaleza, Natal e São Paulo.

De acordo com a Sespa, o paciente deu entrada no Hospital Regional de Conceição do Araguaia, município vizinho à Santa do Araguaia, com sintomas da Covid-19. Na unidade ele foi diagnosticado com o novo coronavírus e foi internado. Após alguns dias ele teve melhora clínica e recebeu alta.

Dias depois da liberação, a Sespa informou que o paciente apresentou piora no quadro e, devido a um mal estar, procurou atendimento nos municípios de Araguaína e Palmas, ambos no Tocantins. Ele foi novamente internado e recebeu o diagnóstico de murcomicose. Logo em seguida, o idoso foi transferido para tratamento em São Paulo.

A Sespa não deu mais detalhes sobre o estado de saúde do paciente. Também não foi informado se o paciente tem histórico de comorbidades.

O que é a mucormicose

A mucormicose é uma infecção causada pelos fungos Mucorales e é conhecida há mais de um século, tendo sido descrita pela primeira vez em 1885. A infecção passou a ser relacionada à paciente com Covid-19 após um surto na Índia, que acometeu quase 9 mil pacientes.

O quadro mata mais de 50% dos acometidos. Muitos precisam passar por cirurgias mutilantes, que retiram partes do corpo afetadas pelo micro-organismo, como os olhos. Além disso, a doença é tratada com medicamentos controlados.

Por meio de nota, a Sespa esclareceu que a murcomicose não é uma infecção contagiosa. A secretaria disse, ainda, que investiga o caso para detecção do local provável de infecção.

Fonte: Por G1 PA — Belém, PA

Da redação do hojerondonia

 

 





Últimas Notícias


Veja outras notícias aqui ?