“Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras…e muitos seguirão as suas práticas libertinas, e por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda e a sua destruição não dorme”. (II Pedro 2:1-3 – Versão Bíblica Almeida Revista e Atualizada).
Temos sido testemunhas neste tempo presente de quanto à fé tem sido usada como produto de enriquecimento e de busca pelo poder. A presente campanha eleitoral em Vilhena e em outros locais está eivada de falsos profetas que, travestidos de cordeiros são verdadeiros lobos.
A briga pelo poder não respeita limite e a fermenta usada é a fé daqueles que nada mais tem além dela. Alguns pastores e apóstolos (que a carapuça caiba na cabeça de quem se sentir ofendido) usam seus púlpitos para tudo menos para edificar e levar a verdadeira palavra pela qual foram ungidos para fazê-lo. É o poder econômico, é o desejo de poder acima do que é sacro, do que é santo, ou do que deveria sê-lo.
Essa não é uma história de agora. Ela está presente desde o começo, quando Calvino arrebata pra si milhares de burgueses no bojo da reforma da igreja com a pregação de que a riqueza é um Dom de Deus e ela é justificada. Quando a Igreja Católica pregava que o empréstimo com juros era usura a reforma calvinista dizia o contrário, que a riqueza era um Dom de Deus.
Não que não seja, mas o modo com que vemos hoje na maioria das igrejas evangélicas é uma verdadeira comercialização da fé das pessoas. As igrejas retomam Calvino com a ganância descabida e isso vai se repetindo e ecoando em todos os quadriláteros do planeta. A fé virou mercadoria, o que ocorre porém, é que apenas os que têm o comando são os “abençoados” e acabam enriquecendo com a fé alheia.
Em resumo, fé acaba sendo comercializada na mídia como se fosse um saco de arroz ou um quilo de carne. Pessoas com maior poder de persuasão acabam dominando grupos menos informados e formando igrejas com o único objetivo de enriquecer. Acabam descambando pela política pela ganância e desejo de poder usando a Bíblia como trampolim. A estes certamente caberá uma frase conhecida, que aliás eles conhecem muito bem, mas a ignoram solenemente: “Apartai-vos de mim que eu não os conheço”, logo após dizerem: “Senhor, mas em teu nome expulsamos demônios e curamos os enfermos…”
REDAÇÃO/HOJERONDONIA.COM