Chacina que deixou 5 mortos em fazenda completa uma semana e nenhum assassino preso em RO

Polícia ouviu sobreviventes e testemunhas e tenta chegar ao paradeiro do suspeito. Casal fazendeiro e três funcionários foram mortos com tiros na cabeça em Vilhena; delegado suspeita de possível disputa de terra. Polícia Civil ainda não identificou suspeitos da chacina em Vilhena

A chacina que deixou cinco mortos em uma fazenda de Vilhena (RO) completou uma semana e nenhum suspeito de envolvimento no crime foi identificado ou preso.

À Rede Amazônica, o delegado Núbio lopes, responsável pelo caso, informou nesta quinta-feira (21) que as investigações são sigilosas, mas por enquanto existe a suspeita que a chacina ocorreu motivada por disputas de terra em Vilhena, a 700 quilômetros de Porto Velho.

O que apurou até agora é que a propriedade rural foi cercada por vários bandidos armados e nenhuma das vítimas viu eles se aproximando.

Entre os mortos na chacina estão os donos da fazenda, Heladio Cândido Senn (conhecido como Nego Zenn), 73 anos, e a esposa Sônia Biavatti, 55 anos.

As outras três vítimas trabalhavam na propriedade e foram identificadas como Oederson Santana, 34 anos, Jhonatan Rocha Borges dos Reis, 21, e Amagildo Severo, de 53.

A polícia informou ainda que o corpo do fazendeiro apresentava marcas de tortura. Sobre os indícios de que o coração do fazendeiro havia sido arrancado com um facão, o delegado Núbio Lopes informou que aguarda o resultado oficial da perícia.

Na ocasião, Heladio foi levado pelos suspeitos para uma sala separada e lá foi torturado. Há indícios de que ele teve o coração arrancado com um facão.

Já a esposa dele e os três funcionários foram levados para a varanda da casa, colocados de joelho e executados com tiros na nuca.

Heladio Cândido Senn e a esposa, Sônia Biavatti, foram mortos a tiros durante chacina — Foto: Arquivo pessoal

Heladio Cândido Senn e a esposa, Sônia Biavatti, foram mortos a tiros durante chacina — Foto: Arquivo pessoal

Após executarem as cinco vítimas, os criminosos armados e encapuzados fugiram levando a caminhonete de Heladio e outros objetos da família

Depoimentos

A Polícia Civil já ouviu várias pessoas ao longo de uma semana, entre elas as sobreviventes do massacre. O objetivo é colher o máximo de elementos que possam dar alguma identificação sobre quem são os assassinos.

Pelo menos cinco pessoas teriam sido poupadas na chacina da fazenda, sendo a esposa de um dos funcionários, duas crianças, e outros dois homens que estavam na propriedade.

Esse sobreviventes contaram, em depoimento, que os criminosos sabiam quem iriam matar, pois perguntaram os nomes das vítimas antes de atirar à queima-roupa. As vítimas foram mortas com tiros na cabeça e os corpos também tinham requintes de crueldade.

Fazenda de Vilhena teve 2ª chacina em menos de seis anos — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Fazenda de Vilhena teve 2ª chacina em menos de seis anos — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Em entrevista na semana passada, o delegado regional Fábio Campos disse não ter dúvida que o crime foi planejado e não se descarta uma possível vingança, já que a mesma fazenda foi alvo de outra chacina em 2015.

2ª chacina na mesma fazenda

Essa foi a segunda chacina no mesmo local em pouco mais de cinco anos. Em 2015, cinco pessoas também foram mortas na fazenda. Na ocasião, um homem foi atingido com um tiro nas costas. Ele fingiu que estava morto, sobreviveu e ajudou à Polícia Civil nas investigações do crime.

Segundo a polícia, o crime teria sido motivado por uma disputa de terras.

Na época, os suspeitos atearam fogo no local onde as vítimas se abrigaram para escapar dos tiros. O sobrevivente disse que em seguida os homens foram embora, mas três dos cinco mortos foram queimados vivos.

Ainda segundo Fábio Campos, não se pode afirmar neste momento que essa nova chacina da fazenda Vitória tem ligação com o crime de 2015.

Três corpos carbonizados foram encontrados dentro da casa em Vilhena — Foto: José Manoel/Arquivo Rede Amazônica

Três corpos carbonizados foram encontrados dentro da casa em Vilhena — Foto: José Manoel/Arquivo Rede Amazônica

Fonte: Por g1 RO
Da Redação do Hoje Rondônia




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